Já estou pensando em como ocupar meu tempo pra não sentir tua falta.
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Seria noite se eu fechasse meus olhos?(...)E se o escuro do quarto nos enganasse?(...)Quem inventou o relógio? -e por que tenho que acreditar nele?-(...)Foi o mesmo que inventou o tempo?(...)É o tempo que passa, ou quem passa somos nós?(...)
Nadja BeloteNo papel vejo a tinta vermelha. Um punhado de letras e exclamações que não consigo organizar.Em volta, tudo se pintou de branco para que não enxergasse nada além dos rabiscos.Esta tão óbvio, mas falta clareza.Algo que só consigo achar no novo,o velho já não me serve...
Antes era eu e minha ilhaolhando o mardistribuindo adeusentre um estado de consciência e outrome pegava criando histórias[...]Mas tive que abandonar a ilhaalguns dizem que isso é crescereu? Não sei..Só sei do que sinto falta.
Há dias venho tentando traduzir tuas respostas em palavras
mas nada do que escrevi parecia certo então tentei fazê-las penetrar em tua pele e mesmo depois de todas essas noites receio que não tenha dado certo.
-Algo ERRADO tio?-Já tentou caminhar pelas ruas do Distrito 7?-Não sou louco a tal ponto, mas por que a pergunta?-Imagino que minha cabeça esteja como aquelas ruas, cheia de LABIRINTOS e o perigo iminente de perder algo que gosto.-Ora que absurdo tio...-Absurdo é o modo como as coisas começaram a sumir ultimamente, como se minha atenção se desfizesse em milhões de fragmentos e se escondesse no labirinto até que não conseguisse completar a mais simples das tarefas....
Tento fazer com que os pontos se liguem,
mas as linhas se entortam e cortam incertezas
Até quando?
Como?
Por onde?
E mais um mundo de outras duvidas.
Me apago enquanto plano e depois?
Correr? Fazer?
Talvez, mas só se for por inteiro.
Queria uma explicação para essas palavras que continuam desaparecidas,
parece que minha bagunça continua a mesma
e tudo se amontoa, como um ato compulsivo de guardar pensamentos.
No final toda essa desorganização acaba sobrando para você
logo você que não tem que se habituar a isso,
mas de certa forma acabou guardado aqui...
-Não há magia que resolva, meu caro. -disse virando-se para o horizonte cinzento.
Ofélia sentia-se traída, pobre mulher. E o que fazer para ajudá-la?Nada, nada podia ser feito. Havia perdido sua paz da noite para o dia e sua alma que tanto sabia que não devia se abalar com tais coisas, nada podia fazer para acalmá-la agora.E agora -perguntava-se Ofélia- como farei? Diga-me Black!Então sr Black sentou-se e acendendo seu charuto disse a Ofélia:Se não há nada a ser feito, não há também com o que se preocupar.Como assim homem?Não é descabelando-se que resolverá seus problemas, então sente-se e fume comigo.
E quando lembro daquele dia não consigo entender como chegamos aqui. De fato, se minha memória fosse tão viva quanto minha imaginação não sei se lhe diria tais coisas. Ainda que eu saiba que não existem motivos para ficar assim agora, não consigo controlar o impulso que gera estes pensamentos tão desagradáveis.
-O que foi tio Black?-Prometa não contar a Ofélia (...) Ando vendo fantasmas.-Mas fantasmas não são reais tio, só existem em nossa cabeça.-Concordo com você Alan, mas não é em nossa cabeça que criamos essa tal realidade?
-Black o que está fazendo ai sentado? -Estou olhando. -Olhando o que? -A bagunça que as pessoas fazem quando passam pela minha vida. -Ai, mas que besteira! -Besteira?! Ontem mesmo fugi do caos de dizer adeus. Você não entenderia Ofélia... Não entende...Vive sempre aí tentando consertar as coisas. -E como é diferente do que está fazendo? -Oras eu apenas admiro o estrago...
Essas paredes não se ajustam justo hoje que precisava de ar em cima da mesa estavam laços antigos desfeitos pelo tempo
tentei consertá-los
colei algumas lembranças aqui e ali
tentando fazer como se nunca tivesse partido
mas as fitas cairam no meio do caminho
agora vejo apenas as linhas caídas ao chão
que, cedo ou tarde, voarão para longe
e continuo tecendo despedidas.-._.- fim.
Existe inspiração instantânea?
não é uma pergunta nova
mas nada por aqui é
Parece mais difícil achar palavras em meio a esse tédio
o jeito é tentar escrever aventuras enquanto me afogo na monotonia
Não me atrevo a usar bóias
a superficie ainda é um lugar arriscado para alguém como eu
EU QUEM?
Andei por ai escrevendo coisas nas paredes
com temas expirados
Talvez não tenha me acostumado ainda
com a ideia de que todas as crianças crescem
mas isso é assunto para outra hora
Temo que deixarei estas linhas ao acaso
e afundarei por aqui
...