sábado, 25 de julho de 2009

*Asas*

Olho lá fora e já é dia, meus olhos cansados dizem que já é hora de dormir, dormir e então sonhar. Os sonhos são como asas, mas já não sei se quero voar. Quando se voa há o risco da queda, não quero me machucar. Prendo-me, então, à realidade. Não durmo, não sonho, não voo e não caio, mas me machuco. Concluo, então, que a realidade é dolorosa, mas não tanto quanto o sonho, pois no sonho a ilusão nos encanta e a quebra desta nos destrói. Mas... O que é a quebra da ilusão se não realidade? Fecho meus olhos e vejo-me em seus braços, ganho asas ao me perder em seu sorriso. Ao acordar percebo que estou só. Sem as asas de meus sonhos caio e então sou capaz de ver a realidade. A chuva lá fora me mantém acordada e as gotas da vida real levam a sensação quente da ilusão. Sozinha e sem sono escrevo. E ganho asas novamente me perdendo em pensamentos.

By: Nadja Belote

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