sábado, 31 de maio de 2014

"If happily ever after did exist..."

Não posso falar por vocês, mas acho que assisti muita Disney. Embora tenha me tornado uma pessimista convicta, no fundo sempre esperei o tal do "Happily ever after".  Claro, depois de certa idade a gente se toca e começa a aceitar a chuva de merda que a vida pode ser. Mas parece que mesmo depois de velha, ainda tenho que lidar o resquício dessa ilusão infantil. Não acho que tudo vá dar certo sempre, ou que vou ser irritantemente feliz o tempo todo, mas saber que as coisas não podem ser assim gera decepção. Como se, mesmo sabendo que isso não existe, continuasse tomando cada decisão em prol desse final feliz...

sexta-feira, 16 de maio de 2014

"Esquizo"

"I have no belief
But I believe
I'm a walking contradiction"
[G.D]

Desculpe, mas não sei por onde começar. Neste momento, estou entre mim e as solicitações feitas pelas diversas partes nas quais fui divido. Atendê-las é tarefa difícil já que não ha qualquer integração, então fico sentado olhando as pilhas crescerem. Talvez devesse tentar ao menos organizar a bagunça, arquitetar uma forma burocrática de realização de desejos onde fosse possível me eximir de qualquer culpa caso algo desse errado, muito embora eu saiba que esse não é o modo mais eficaz de lidar com tais coisas. 


quarta-feira, 14 de maio de 2014

"Maçãs e Outras Frutas"

Sabe moço,
As vezes me arrependo de tudo isso
Mas de que servem arrependimentos não é?
Tenho medo de não ser o melhor a fazer
O próximo passo que eu quero dar
Pode sair maior que as pernas
E não é difícil
Fazer com que tudo isso vire um desastre
Mas de qualquer forma
Acho que já era para lá que estávamos caminhando

"Rabiscos e Decisões"

    Conclusões as vezes machucam, perturbam mesmo sabe? Mas acho que o pior é o que vem depois, depois de compreender tudo o que ha de errado.  Porque uma vez que você entende o que deve ser feito, não fazê-lo é negligência e quem sabe covardia. 

terça-feira, 6 de maio de 2014

"Hipóteses e Justificativas"

Às vezes sinto uma necessidade incomum de me "desculpar", justificar os meus atos para o mundo. Necessidade de que entendam o que eu sou e o que quero fazer. Quase como se quisesse provar que não sou uma farsa, e que apenas não sei como dizer e fazer o que quero. E aqui estou eu me desculpando novamente.
Pergunto qual o motivo disto, por que preciso dizer quem sou? Por que tenho que fingir ser outra coisa de vez em quando?
Ir contra a imagem que criaram para nós sempre deixa um desconforto, no meu caso pelo menos. A filha comportada, a sobrinha adorável, aquela que não dá trabalho, a cabeça aberta e a que cumpre as expectativas. Deixar qualquer item desses fora da lista de coisas a fazer é motivo de chateação.
“Não sei, mas me parece desperdício, viver o que esperam”, sim e é mesmo. Mas viver de acordo com isso significa não ser incomodado, e para mim isto tem sido o suficiente. Mas acho que chega um momento em que realmente fica cansativo.
Estou longe de ser a perfeitinha, mesmo que tente atender a todos os itens da lista. Não se pode ter tudo não é?
Acho que apesar de todos serem mutáveis (em gosto, caráter, nas relações interpessoais, etc.), poucos entendem que os outros mudam; acho que me incluo nos que não entendem.
'Taí outra coisa estranha, minha habilidade de compreender racionalmente o que acontece com meus relacionamentos, mas não aceitar nenhuma das minhas próprias explicações (desculpas e desculpas para minha hipocrisia enfeitada).
Devo acrescentar que percebi que isso não passou de um texto para desculpar minha necessidade de me desculpar, e mesmo assim sinto vontade (com o menor dos apelos que esta palavra evoca) de torna-lo público.

Quando essa adolescência irá passar?

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Esperando pelo dia em que minhas composições serão menos minhas.

"Do que se Faz a Alma"

Aos poucos
me acho,
mesmo
sabendo
que meu desejo
se opõe.
De pingos
me acabo,
consumindo
a chama
que em mim
se impõe
E com os pedaços
refaço
o que todo dia
se decompõe

"Um sonho ou dois"

    A gente disse que iria aproveitar, esbanjar a pouca idade que tínhamos. Nos prometemos que a mesmice não nos pegaria, e que a chatice da vida adulta demoraria a chegar. Mas cá estamos nós, presos em rotinas, sufocados de preocupação, nada parecido com o mundo de aventuras que sonhávamos conhecer.