domingo, 23 de novembro de 2014

terça-feira, 11 de novembro de 2014

A negação do amanhã nos faz refém da falta do que não temos hoje, dia infindo e, aos nossos olhos, imutável. O dia seguinte não passa de uma continuação. Um brinde à eternização do mesmo.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

"Viagem ao mundo real"

Não consigo escrever, mas não por falta de palavras e sim por falta de coragem. Por mais que deseje me expressar, não quero tornar público pensamentos tão íntimos. Nada que já não tenha feito aqui, mas desta vez é diferente, é muito mais real.

Esse sentimento de estar a beira do precipício e os olhos inundados não é novidade, mas a situação é totalmente outra, assim como a freqüência em que me encontro nesse estado. Não sei como poetizar esse sofrimento, justamente porque me recuso a reconhecê-lo desta maneira. "Nunca fui fraca, não vou começar agora", mas o que é a fraqueza? Se o sofrimento só aumenta enquanto negado, por que não libertá-lo de vez? Sei que todos devem ter uma resposta para essas questões, mas nenhuma delas me parece adequada.

Esses últimos tempos foram pra mim quase que uma tortura... Deixar a visão fantástica de lado para enxergar o mundo e as relações como elas são foi a coisa mais assustadora que já me atrevi a fazer. E talvez uma das mais necessárias.

Desculpe, não consigo ir muito além desses parágrafos.

Talvez algum dia consiga contar melhor sobre a viagem ao mundo real...

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

*Babaquice sem limite*

Ainda me impressiono com a falta de limites do ser humano. Como alguém consegue te tomar nos braços, olhar nos seus olhos e mentir como se isso fosse mais fácil que respirar? Te fazer sentir a pior pessoa do mundo só porque isso lhe é conveniente, te amar e te deixar conforme a necessidade?


terça-feira, 5 de agosto de 2014

"Se ao menos essa paz permanecesse"

Deixe-me viver no encontro de teus braços e irei aproveitar esses minutos de paixão infinda e toda a contradição que traz contigo.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

"Sem saída"


Mais uma vez
Os olhos como rios
Pensamentos de labirintos

Ela não pode gritar
E a dor que carrega
É grande e nova demais 
Para admitir


quinta-feira, 31 de julho de 2014

Não haviam mais palavras a serem ditas, mas ela insistia em dizê-las. 
Como se o fim fosse mais insuportável que a dor  que o causou. 

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Mais fácil que colocar seus defeitos no outro é seguir em frente e largar a bagunça pra quem ficou.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Acho que vou ter que  me acostumar a ser passado.
Quando falei de joguinhos, deveria ter prestado atenção naquele do qual estava participando. Afinal agora tudo se foi. Eu perdi e nem me dei conta. Não que perder ou ganhar valha de algo nessa situação, mas o fato de não conseguir me expressar -de novo- fez com que eu acabasse aqui, despejando minhas palavras no vazio tudo porque não consegui fazer o que deveria ter feito com elas a principio.
Não sei, mas a bagunça está espalhada aqui e está tudo pior do que era antes. Meu mundo está de cabeça pra baixo mas só eu posso faze-lo voltar ao normal, se é que existe normalidade. Estou tremendo e até agora não consegui entender o porquê. 
De certa forma ainda ha muito a ser falado, muita coisa tumultuada, mas acho que essas coisas terão que achar um lugar, se amontoar com as outras coisas não ditas, não ouvidas e perguntas sem respostas.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

"Cold"


"Nobody said it was easy
No one ever said it would be this hard
Oh take me back to the start"
[Coldplay]



Queria poder escrever suas palavras por você
Do jeito que eu quero que elas saiam
E então só lhe restaria pronunciá-las
Mas de que adiantaria tal truque?

segunda-feira, 7 de julho de 2014

"O por vir"


Seus problemas pareciam mesquinhos diante da necessidade de auto-conhecimento. O frio na barriga, os sussurros contínuos em seu ouvido "liberte-se" eles diziam. Mas ela permanecia imóvel, paralisada pela ansiedade: o tal medo do por vir. Havia quem perguntasse se um dia a menina assustada voltaria a se mover. Quando é que a vida voltaria para aqueles olhos de vidro?

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Desabafo ³

Estava me sentindo perdida, ainda estou na verdade, por isso me perdoe se minhas palavras saírem bagunçadas. Tudo está bagunçado aqui. A novidade é que agora que estou sozinha não há desculpas para deixar como está. O jeito é encarar o desarrumado.
Passei anos me cercando de melancolia e versos sujos, e agora não sei o que é mais real: a tristeza ou o medo de não sentir nada. Talvez só queira achar que existe algo de especial nisso, quando na verdade não ha nada além do objeto.
Mas ha algo inegável: não sou Schrodinger e gosto de saber até a ultima gota de tudo. 

segunda-feira, 23 de junho de 2014

"Trust no one"


A vontade era de acabar com tudo aquilo

Pegar o que restou e sumir

Entregar-se a natureza selvagem

E esperar que os mesmos problemas não a encontrassem

O fim da idolatria ao papel

O fim de relações por conveniência

Ou simplesmente o fim
Maybe i need somebody to love me for the monster that i am.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Eu e minha mania de me apegar ao passado das coisas.

" . "

É tudo tão estranho que é difícil escrever em minha própria língua
A tristeza e a esperança de que outras coisas virão
O entendimento e a sede de ignorância
Fazem com que eu me encontre aqui
Escrevendo para ninguém novamente
Gostaria de traduzir esse sentimento em palavras bonitas
Mas na verdade, tudo o que me vem são frases sujas
Acho que meu lado civilizado quer que você seja feliz
No entanto aquele mais comum não lhe deseja tão bem assim
Creio que tudo isso seja normal
Para o seu descontentamento não é?

terça-feira, 3 de junho de 2014

É estranho escrever pra ninguém. 
É como despejar a alma num vazio mudo e insatisfatório. 

sábado, 31 de maio de 2014

"If happily ever after did exist..."

Não posso falar por vocês, mas acho que assisti muita Disney. Embora tenha me tornado uma pessimista convicta, no fundo sempre esperei o tal do "Happily ever after".  Claro, depois de certa idade a gente se toca e começa a aceitar a chuva de merda que a vida pode ser. Mas parece que mesmo depois de velha, ainda tenho que lidar o resquício dessa ilusão infantil. Não acho que tudo vá dar certo sempre, ou que vou ser irritantemente feliz o tempo todo, mas saber que as coisas não podem ser assim gera decepção. Como se, mesmo sabendo que isso não existe, continuasse tomando cada decisão em prol desse final feliz...

sexta-feira, 16 de maio de 2014

"Esquizo"

"I have no belief
But I believe
I'm a walking contradiction"
[G.D]

Desculpe, mas não sei por onde começar. Neste momento, estou entre mim e as solicitações feitas pelas diversas partes nas quais fui divido. Atendê-las é tarefa difícil já que não ha qualquer integração, então fico sentado olhando as pilhas crescerem. Talvez devesse tentar ao menos organizar a bagunça, arquitetar uma forma burocrática de realização de desejos onde fosse possível me eximir de qualquer culpa caso algo desse errado, muito embora eu saiba que esse não é o modo mais eficaz de lidar com tais coisas. 


quarta-feira, 14 de maio de 2014

"Maçãs e Outras Frutas"

Sabe moço,
As vezes me arrependo de tudo isso
Mas de que servem arrependimentos não é?
Tenho medo de não ser o melhor a fazer
O próximo passo que eu quero dar
Pode sair maior que as pernas
E não é difícil
Fazer com que tudo isso vire um desastre
Mas de qualquer forma
Acho que já era para lá que estávamos caminhando

"Rabiscos e Decisões"

    Conclusões as vezes machucam, perturbam mesmo sabe? Mas acho que o pior é o que vem depois, depois de compreender tudo o que ha de errado.  Porque uma vez que você entende o que deve ser feito, não fazê-lo é negligência e quem sabe covardia. 

terça-feira, 6 de maio de 2014

"Hipóteses e Justificativas"

Às vezes sinto uma necessidade incomum de me "desculpar", justificar os meus atos para o mundo. Necessidade de que entendam o que eu sou e o que quero fazer. Quase como se quisesse provar que não sou uma farsa, e que apenas não sei como dizer e fazer o que quero. E aqui estou eu me desculpando novamente.
Pergunto qual o motivo disto, por que preciso dizer quem sou? Por que tenho que fingir ser outra coisa de vez em quando?
Ir contra a imagem que criaram para nós sempre deixa um desconforto, no meu caso pelo menos. A filha comportada, a sobrinha adorável, aquela que não dá trabalho, a cabeça aberta e a que cumpre as expectativas. Deixar qualquer item desses fora da lista de coisas a fazer é motivo de chateação.
“Não sei, mas me parece desperdício, viver o que esperam”, sim e é mesmo. Mas viver de acordo com isso significa não ser incomodado, e para mim isto tem sido o suficiente. Mas acho que chega um momento em que realmente fica cansativo.
Estou longe de ser a perfeitinha, mesmo que tente atender a todos os itens da lista. Não se pode ter tudo não é?
Acho que apesar de todos serem mutáveis (em gosto, caráter, nas relações interpessoais, etc.), poucos entendem que os outros mudam; acho que me incluo nos que não entendem.
'Taí outra coisa estranha, minha habilidade de compreender racionalmente o que acontece com meus relacionamentos, mas não aceitar nenhuma das minhas próprias explicações (desculpas e desculpas para minha hipocrisia enfeitada).
Devo acrescentar que percebi que isso não passou de um texto para desculpar minha necessidade de me desculpar, e mesmo assim sinto vontade (com o menor dos apelos que esta palavra evoca) de torna-lo público.

Quando essa adolescência irá passar?

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Esperando pelo dia em que minhas composições serão menos minhas.

"Do que se Faz a Alma"

Aos poucos
me acho,
mesmo
sabendo
que meu desejo
se opõe.
De pingos
me acabo,
consumindo
a chama
que em mim
se impõe
E com os pedaços
refaço
o que todo dia
se decompõe

"Um sonho ou dois"

    A gente disse que iria aproveitar, esbanjar a pouca idade que tínhamos. Nos prometemos que a mesmice não nos pegaria, e que a chatice da vida adulta demoraria a chegar. Mas cá estamos nós, presos em rotinas, sufocados de preocupação, nada parecido com o mundo de aventuras que sonhávamos conhecer.

sábado, 26 de abril de 2014

"Vírgulas"

Black não entendia o que estava acontecendo, olhava com seus olhos grandes as pessoas ao seu redor passando as pressas. Panos, bacias, compressas ninguém lhe explicava o que estava acontecendo. E hoje, mesmo passado tantos anos, o homem com o chapéu ainda olha confuso e quieto as pessoas em preto e pranto sem entender vírgulas.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Aí você vê que não adianta mesmo falar...
Foda-se :)

"Quem Explica?"

    Ando percebendo pequenos defeitos, não meus ou seus, mas defeitos que existem e estão por aí. Estou tentando entender o porquê de competirmos por tudo, o porquê de querermos tudo. O egoísmo que não é só meu, a agonia, a dúvida, que não nos pertencem.
    O que tentamos fazer? Amamos e somos amados -ou não- e não conseguimos ficar sem. De repente algo se cria, e não é uma dependência, é um sentimento de possuir, ou de pertencer. Mas parece tão errado dizer isso. Por quê? É natural, aprendemos que é assim, é assim que tudo funciona.
    Não queremos ser realistas, porque, sinceramente, realismo é uma porcaria. A realidade não satisfaz nosso ego. Por isso nos desprendemos dela e ficamos a deriva. O que os outros pensam nos influencia sim, não tente dizer o contrário. Talvez seja por isso que é tão importante ter nossas informações tão bem divulgadas.
    No fim das contas, somos todos carentes, de atenção, amor, glória, enfim, seja lá o que for que nos falta. Mas não gostamos de admitir, é vergonhoso assumir a posição de quem precisa de algo. Quem sabe seja por esse motivo que nos escondemos atrás de um pseudo recalque, qualquer coisa que nos afaste da incoerência. O que é estranho já que é aí que ela aparece.
    Embora já tenha perdido o foco do que seria o assunto do texto, acho interessante o modo como nos fazemos de forte ou de vítima. O modo como ora nos deixamos conhecer e ora fechamos todas as persianas. Como que para manter sempre o segredo.
    É curiosa a maneira como não nos damos conta disso até que façamos uma pausa, achamos sempre que somos genuínos e que nossos interesses também o são, quando na verdade apenas não reparamos como tudo isso apenas compõe a imagem que tentamos construir, aquela que divulgamos.
    Acho que também não quis me revelar, afinal, não surgiram aqui as palavras que me perturbavam a mente. Mas para um esboço, acho que já é o bastante.

terça-feira, 15 de abril de 2014

"O Diabo na Torre"

Sem sorriso e sem nó na garganta
Ele observa o enredo de cronômetro na mão
E conta todos os passos, todas as falas
Para que estes se façam certos
Ainda que numa rede bem feita
Caiba uma mentira mal contada

sexta-feira, 11 de abril de 2014

"Incontinência"

Ela deu alguns passos para trás
Assim o corpo cansado poderia respirar
Talvez desse jeito pudesse pensar sobre si.
Mas essa posição não a deixa confortável
Talvez esse cargo já não lhe sirva

A cabeça se inunda
Os pensamentos transbordam no papel, na tela
E são liberados pela incontinência da consciência
Que os lábios não são capazes de segurar

O suor escorre pelo corpo
As palavras saem pelos dedos
E ela vai se aquietando

"Tudo que é bom dura pouco"
Ela concorda
E seu alívio se acaba

Aos poucos a torneira se fecha
A água se mistura com  o sal de seu rosto
E nada lhe vem a cabeça
Apenas o corpo está presente
O corpo e a sensação que este lhe dá

Ela tentou se distanciar
Respirar e deixar acontecer
Perder o controle
E se perdeu

quinta-feira, 10 de abril de 2014

A quem possa interessar... 

Meu interesse

Sua presença era inegável
apesar da aparência disforme e camuflada em fumaça
seu peso sufocava a todos
mas por não se deixar ver com tanta clareza
permanecia ignorada

Na ignorância seu corpo cresceu
se estendendo por todo o cômodo
tomando o espaço que restava

E as mentes exaustas com seu peso
eram impedidas de perceber
que tudo que lhes faltava era ver 


terça-feira, 8 de abril de 2014

Passo as páginas aleatórias 
nada me expressa
não há pilula que me cure
dessa incerteza

quinta-feira, 3 de abril de 2014

"Desejo Inocência"

Acho que sinto falta do amor idealizado, de achar que algo em mim tem salvação. De enxergar em alguém o que me falta e de buscar isso a qualquer custo. No fim das contas o desejo que me move cessou, como se tudo já fosse meu, como se não restasse o que querer. E nosso ego já se encheu de nós e nós não nos bastamos, a catexia não nos mantém e o que sobra é a nossa morte.
Porque se tudo se resume a isso, à distância entre nós imposta e ao suposto amor por nós construído, então a proximidade nos afasta e desanima. Talvez o senso comum não esteja errado, a intimidade mata o tesão. E quanto ao amor, bom este pode continuar, brando e amigo, mas não nos contentamos com pouco, coisas mornas não nos atraem. Nossos olhos brilham diante da chama intensa, do que nos captura, e mesmo sendo difícil sair do lugar comum, sabemos que as coisas são assim. Não há em nós inocência que mascare a falta, por mais que seja disso que eu sinta saudade.
Talvez seja por reconhecer tudo isso que a duvida não se aquieta, que quero vomitar tudo que tenho, e quero que você vomite também. Por mais que doa, por mais que isso faça meu eu em pedaços. Porque ignorar não faz desaparecer a certeza em nós escondida.

Confesso que...


Sim talvez eu tenha uma "tara" por atenção, talvez eu deseje ser vista e exibida, talvez como um troféu ou talvez não.
Quem sabe eu queira que todos saibam o que eu sinto e preciso que saibam como se sente também. Porque preciso ser correspondida. Também quero ser querida. Até que isso me canse.
Não há dúvida de que o egoísmo me compõe, e a quem ele escapa? Nós gostamos disso, queremos que o outro nos deseje, mas queremos que seja incontrolável, impossível de guardar para si.
Em intensidades diferentes, em momentos diferentes, queremos nos descobrir, e no caminho esperamos que nos descubram. Que nos entendam e completem, por que só estar NÃO BASTA.
Queremos que as coisas mudem, mas não sabemos como será até que aconteça, queremos ser diferentes, e esse desejo nos impulsiona a sair de uma zona tão confortável e nos atirar no abismo turbulento de consequências de nossas escolhas.
No meio disso tudo somos pegos de surpresa por contradições e pela hipocrisia gerada por nossas próprias ideias, nossos ideais deixados de lado porque queremos provar algo, e nem sempre é para alguém.
Queremos ter, queremos amar, usar, e depois o desejo se esgota. E vai saber o que resta. 
Talvez o problema seja justamente esse, o querer, que nos move e nos prende, que nos determina, modifica. Bom, mau, não nos vamos nos ater a isso, já nos atemos a coisas o suficiente.

quinta-feira, 27 de março de 2014

"Um pouco de tudo"

Ultimamente tenho me enxergado em todos os cantos, em todas as poesias. Fica difícil te dar uma definição, já que sou uma mistura de toda escrita.  Já que te quero e não quero, sofro e não me deixo sofrer. Não há explicação, nenhum roteiro, nada que diga por onde começar a entender esses passos confusos. Não existem gabaritos ou mesmo respostas corretas. Talvez por isso não consiga te dizer com certeza a melhor coisa a ser feita. Você diz que não há mais nada, e eu sigo desconfiando, talvez só precise acreditar novamente; ou quem sabe desacreditar de vez.
Talvez se você me mostrasse, se isso fosse a coisa certa a fazer, então eu estaria em paz. Paz para viver esse meu desejo, ou desviver a falta que ele mascara. E aí parte desta fase ficaria para trás. 
Mas e se não for a coisa certa? E se isso for um grande erro? E se ficarmos cansados de tantas firulas, e resolvermo-nos cada um pro seu lado?
Como saber, se me calo? 

quarta-feira, 26 de março de 2014

"Avise quando for hora do plano B"

"O jardim"

Matilde estava sentada nos degraus da escada da casa grande. A mulher inconformada arfava e resmungava enquanto encarava a grama por cortar.
-O que está fazendo Matilde?
Sem proferir uma palavra ela encara Black com seus olhos marejados.
-Por que está aqui sozinha?
-Olhe para esse jardim...
-O que há de errado?
-Parece tão morto. Lembro-me de que nem sempre fora assim, naquele canto haviam arbustos, flores, todo os tipos delas... Agora me restam galhos velhos e secos. E essa grama, não tenho vontade nem de apara-la.
-E o que mudou de lá para cá?
-Ele foi definhando, não sei...Mal reparei, tantos afazeres, essa casa vive cheia de visitas...
-Seu jardim não definhou Matilde, você apenas deixou de cuida-lo como deveria.
-Quer dizer que a culpa é minha?!
-Não, as flores e os arbustos sobrevivem sozinhos. Mas a beleza deles é apenas um reflexo do seu cuidado e atenção.

segunda-feira, 24 de março de 2014

"Cansei"

Você disse que não sabe o que acontece com a gente. Digo que isso é cansaço, cansaço dessa rotina, de todo esse tempo, de tanta mudança. Cansaço de tanta cobrança, tanta chatice, tanto de tudo.

Por que não me desapego?

"Por um fio"

O tempo passa 
A gente muda
E eu muda
Mudei para pior

Que besteira
Achar que logo eu 
Confusa que sou
Me renderia

O tempo passa
O sentimento muda
E a minha mudez 
Está por um fio

quinta-feira, 20 de março de 2014

"Talvez eu seja pequena
Lhe cause tanto problema
Que já não lhe cabe me cuidar
Talvez eu deva ser forte
Pedir ao mar
Por mais sorte
E aprender a navegar"


M.M

quarta-feira, 19 de março de 2014

"Sinto que me Afogo"

PS: Já que não tenho outros recursos, resta-me expressar aqui todo esse embaralhado de... "mim"


Penso que me afogo
E tu é a pedra amarrada em minha garganta
Ora moço não me entendas mal
Aliás, não me entendas
O que carrego
Não é de tua alçada

Sinto que tem algo aí
Que não me contas
E por mais que negues
Não te dou confiança
Porque já não a merece
E sendo assim eu não posso repará-la em ti.

-correções...

É triste pensar, seja fantasia ou não, que alguém está escondendo algo de você.
Pior ainda é querer saber, querer perguntar e não poder.

terça-feira, 18 de março de 2014

"Contradição"

Acho que as vezes a contradição que vive em mim transborda. Ora não ligo para o que as pessoas estão vestindo, ora ligo até de mais. Ora prefiro que se sintam bem, ora o resultado disso não me agrada.
E os desejos...ah e são tantos. O querer fazer , querer crescer, SER, ter e a preguiça de fazer qualquer coisa.
É as vezes fica difícil conviver com essa contradição que não sei se vai ou se fica.

sexta-feira, 14 de março de 2014

"Recompor"

Black estava aturdido com seus sentimentos, vez ou outra pegava-se andando de um lado para o outro, desejando fazer algo e sem vontade de nada.
Ofélia não sabia mais o que fazer com o homem que a encarava com o rosto cheio de desilusões.
-Ora Black o que tanto lhe espezinha?
-Não saber...
-Não saber o quê? 
-Ofélia não me faça perguntas! Sinto-me como uma criança muito nova, que não sabe se expressar e com tantas coisas em sua mente se agita e se debate em prantos esperando que alguém compreenda suas vontades.
-Pois deixe de conversa! Pare de drama e recomponha-se. O Osvaldo disse que viria hoje ajudar com a mudança.

sexta-feira, 7 de março de 2014

#Desabafo ²

Não estou feliz... Simples assim. Não estou feliz. Tive momentos bons. Sim! Mas e ai? Por que essa maldita agonia do além? Por que ela tem que me consumir e me deixar assim? Arrgh. E ai eu sinto um grito se calando dentro da boca... Uma vontade de dizer algo impedida pela falta do que dizer. Pelo não saber o que dizer. Que palavra é essa que me atormenta? Que grito é esse que não sai? Por que é que estou tão angustiada?
Talvez eu saiba, talvez saiba até o que fazer e como.. Mas por que é tão difícil? Por que as coisas tem que ser tão cinzas e mescladas? Filhas da puta essas coisas! Por que elas não são simples e por que não tem soluções simples?!
E ai a agonia dá espaço ao arrepio, mas a vontade de gritar, agora menor, não deixa de existir por completo.
Eu tenho vontade de ir... Pra onde? Eu sei lá. Por que deveria saber? Só quero ir.. ir embora, daqui e de todo lugar....
Só ir.
E sorrir.
Simples não?
Mas nada é simples.
A vida é uma filha da puta.
E aí?
Você não pode ficar triste.
Não pode aborrecer as pessoas a sua volta.  Ninguém quer ouvir seus lamentos.. ninguém quer ouvir suas musicas tristes.. Ninguém! E não há messias que te salve.. pobre coitado
Não há corpo que segure essa alma. Perdida...
Mas calma que nem tudo está assim... Tão trágico... As coisas não chegaram a este nível de drama. Mas como raramente sente adora dar uma enfeitada nas coisas, não?
Então joga ai um glitter e um ponto de exclamação na sua miséria e vê se alguém se comove.
Mas é o que eu falei... Ninguém gosta de ouvir você resmungar e resmungar.. Pqp isso é chato pra caralho...
E desde quando você começou a  falar tantos palavrões?
Joga tudo que está ai dentro... Pode jogar... Aqui nesse espaço em branco. Vomite até as tripas, mas se expresse... e se livre desse estresse.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

" T e e m e n d a "

Será que estamos juntos?
Pois juntos por conseguinte é estar perto
E ha milhas a nossa volta 
E não posso mais omiti-las
Não há como negar os abismos
Pois mais dois passos e nós caímos

E o que a gente faz com essa solidão 
Que bate mesmo quando estamos perto?
Porque perto nem sempre é junto
Eu agarro os cacos
E os ponho de volta
E tento fingir como se tudo estivesse bem

Eu me colo a você
E as rachaduras, agora não tão aparentes,
Incomodam e sussurram e machucam novamente

Porque nunca é com você
Nunca é você

Os outros podem te curar
E levar a sua pena embora

Mas não eu
Eu não sou mecânica
E também não costuro
E jamais te remendarei

"Acumulando Pessoas"

Será que com o início do acumulo de "bens" nos acostumamos também a acumular pessoas? Afinal faz todo o sentido que nessa era de ter e "parecer ter", as pessoas também sejam tratadas como bens duráveis. (Não que seja bom, mas faz sentido) Já que sentimos como se fossem nossas, já que queremos acumula-las em nossos "currículos" e há quem tente ganhá-las e exibi-las em estantes... Pode parecer estranho, mas queremos ter mais amigos que nossos amigos, queremos ter mais namorados(as), queremos ter... E ter sempre mais e talvez por isso quando algo não dá certo nós agarramos, e esperiniamos e sofremos, tudo para não perder. Nós não queremos perder...Ainda que isso signifique que o outro ficará melhor assim. 


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Nadja Belote

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

E ai você desembucha algumas coisas que nunca saem por completo... Mas ao contrário do que pensa a o sentimento cartático está longe de se instalar.