segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

" T e e m e n d a "

Será que estamos juntos?
Pois juntos por conseguinte é estar perto
E ha milhas a nossa volta 
E não posso mais omiti-las
Não há como negar os abismos
Pois mais dois passos e nós caímos

E o que a gente faz com essa solidão 
Que bate mesmo quando estamos perto?
Porque perto nem sempre é junto
Eu agarro os cacos
E os ponho de volta
E tento fingir como se tudo estivesse bem

Eu me colo a você
E as rachaduras, agora não tão aparentes,
Incomodam e sussurram e machucam novamente

Porque nunca é com você
Nunca é você

Os outros podem te curar
E levar a sua pena embora

Mas não eu
Eu não sou mecânica
E também não costuro
E jamais te remendarei

"Acumulando Pessoas"

Será que com o início do acumulo de "bens" nos acostumamos também a acumular pessoas? Afinal faz todo o sentido que nessa era de ter e "parecer ter", as pessoas também sejam tratadas como bens duráveis. (Não que seja bom, mas faz sentido) Já que sentimos como se fossem nossas, já que queremos acumula-las em nossos "currículos" e há quem tente ganhá-las e exibi-las em estantes... Pode parecer estranho, mas queremos ter mais amigos que nossos amigos, queremos ter mais namorados(as), queremos ter... E ter sempre mais e talvez por isso quando algo não dá certo nós agarramos, e esperiniamos e sofremos, tudo para não perder. Nós não queremos perder...Ainda que isso signifique que o outro ficará melhor assim. 


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Nadja Belote

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

E ai você desembucha algumas coisas que nunca saem por completo... Mas ao contrário do que pensa a o sentimento cartático está longe de se instalar.