quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

#Desabafo

Não sei nem por onde começar tamanha a minha agonia, que, aliás, chamo carinhosamente de agonia do além. São tantos motivos que fica difícil de identificar, bem como de resolver. Ultimamente ando dando mais atenção a certas coisas e me deparo com tantos absurdos; alguns deles considerados normais pela maioria das pessoas.
Como algo tão prejudicial, tão revoltante se torna normal??? A resposta está nos livros ou talvez baste a reflexão (mas isso anda tão desvalorizado ultimamente). Os motivos da minha agonia estão espalhados por tantas áreas da sociedade que são absolutamente insolúveis. Não é possível me livrar dessa sensação terrível de que existe algo indescritivelmente errado com essa tal de sociedade.
É difícil de explicar algo quando se tem tanto a falar, mas alguém uma vez disse que escrever ajuda a exteriorizar essa angustia, mas algumas coisas se enraízam tanto que fica complicado...
Não me eximo da culpa, sei que a responsabilidade também é minha, mas é difícil ver as coisas só piorarem e não saber por onde começar a ajudar. Na verdade consigo perceber agora a minha tendência a postergar.  Não tenho tempo, agora não tenho dinheiro, ou então estou cansada de mais para qualquer coisa. Ai você pensa “assim fica difícil”, é fica.
Mas aonde eu quero chegar com tudo isso? Para falar a verdade em lugar nenhum. É que eu ando precisando desabafar, mas parece que tudo sai pela metade, não sei. Ou talvez escrever seja meu remédio.
Eu não terminei de expor tudo o que está preso no peito, essa agonia que me aperta. Coisa desconfortável viu.
Mas o que mais incomoda é esse não saber, não poder fazer nada de imediato. Não consigo enfiar na cabeça das pessoas (e na minha) que tudo isso é perda de tempo.  Não consigo convencer uma nação de que os modelos que ela segue são ineficientes. E mais triste ainda, não consigo me convencer a realmente fazer algo em relação a isso.
E se convencesse o que eu faria? ONG? Escolas? Centros Terapêuticos? Como fazer essas coisas, assim do nada, principalmente quando você se sente tão sozinha e suas ideias são consideradas pela maioria como “frescura”, “coisa de louco”. Não me conformo.
Esta tudo errado e quem vai consertar?


Obs: talvez você partilhe da minha agonia e até desse defeito de postergar, mas é bem provável que não tenha entendido uma virgula, ou lido um ponto final. Mas isso não é tão subjetivo, o problema está aí, circulando nas ruas, nas casas. Enfim, por hora a agonia deu uma pausa.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

"Menos futuro mais presente"

Quero mudar de emprego
de curso
e de livros

Quero mudar
de cidade
estado
de país não

Quero mudar 
de destino
e situação

Quero mudar 
o quarto
a casa
e o paradigma

Quero mudar
de roupa
cabelo
e sorriso

Quero mudar de tanta coisa
que uma hora dessas mudo de mim.


quinta-feira, 14 de novembro de 2013

"Coisas"

Não tenho palavras inspiradoras
e não sei o que vou fazer em alguns anos
Eu respiro e tento achar respostas
mas elas estão tão perto
e são tão terrificantes
que meus sentidos me impedem de alcançá-las
E quando por ventura insisto em espiá-las
tenho pesadelos por estar fazendo tudo ao contrário

Tenho que desapontar algumas pessoas
e isso me atormenta,
mas não fui eu que falei tanto de liberdade?

Por que é tão difícil desprender-se?

O ciclo vicioso dessa vida tão lotada de coisas
me dá tontura, vertigem 

E a ilusão de que um dia acaba...acabou.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

"Por mais que se fale"

-O que foi Black?
-Estava a pensar...
-Pensar em quê?
-Na ausência.
-Ora, lá vem você de novo, cheio dessas palavra difícil. Pensando na "ausência" de que homem?
-De tudo... Ora me falta corpo, ora a mente que se vai...
-Eu acho que te falta é juízo! Não tá na hora de ir trabalhar?

"Será que esse é todo o meu 'dom'?
Versos quebrados em telas em branco?"

terça-feira, 20 de agosto de 2013

É um saco a forma com que as coisas se repetem, dois anos depois e cá estou eu atras da tela digitando qualquer coisa
...
A cabeça que surpreendentemente ainda tenho lateja, talvez farta de toda a indefinição que cerca a cadeira onde estou
...

sexta-feira, 12 de julho de 2013


"Mergulho no Aquário"

Sr. Black foi enchendo pingo a pingo,
a conta gotas,
o bendito aquário.
Passou-se o tempo
e com tantos pingos
encheu-se o Black
que largou de tudo
e afundou 
quão fundo lhe foi permitido
O que não lhe foi dito
é que um dia 
o tempo lhe cobraria a conta d'água.

terça-feira, 9 de julho de 2013

"Latência"



Percebi que estava vivendo e obedecendo à ideias de uma cabeça que não é a minha
e com medo fui me enchendo de coisas
Atendendo a uma vontade forçada
nessa coisificação me tornei nulo
Esse tempo foi como um apocalipse zumbi
só que na minha cabeça
Devorando tudo o que era vivo
empoeirando tudo o que eu tinha de belo
Alguns chamam de maturidade
O que, por anos, eu chamei de idiotice.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

"A prisão de Black"



Sr. Black estava preso
Atado por algemas de um querer sem fim

O relógio em sua cela
não mais tiquetaqueava e o silêncio
tomou conta

Um silêncio que durou uma vida
ou uma vida que passou em silêncio

[...]

quarta-feira, 26 de junho de 2013

"Palavras Forçadas"

















Palavras forçadas não fazem poesia
mas a quem engano?
nunca o fiz

Eu bem que queria
que bem me faria
se eu não seguisse um plano

Daria a elas um fim
seja triste ou feliz

Mas teimosa que sou 
apego-me ao cabresto
e me perco

De novo...

segunda-feira, 24 de junho de 2013

"Calmaria"















De onde vem essa impotência?
A mente vazia... A alma sombria
Ando com uma falta de importância

Nada se escreve nesses dias 
Somente a calmaria não traz mudanças

Dentro de mim há um fluxo constante
Um desejo errante
Um querer sempre mais

Mas mais do quê?
Sempre mais pra quê?
Que beneficio isso me traz?

Só vou me sentir sozinho
Encarando o vazio
Que no desejo se faz.

terça-feira, 21 de maio de 2013

" O convívio me fez um deles"

Caminha sabe-se lá para onde. 
Nem sabe se chega e quando chega passa sem ver. 
Com os olhos vidrados e de braços cruzados
Anda tão apressado que nem respira. 


(...)

terça-feira, 14 de maio de 2013

"Busco o que me falta"

Olhei para os dois lados
e embaixo das coisas
olhei em cima do guardarroupa
Procurei nos armários,
nas gavetas e embaixo da escada
Não estava no quintal, nem na geladeira...
Achei num cantinho, 
bem escondido
Entre um lábio e outro
aqui e ali
Entre você e eu.
(...)
A poeira começara a tomar conta 
Logo tudo ali sumiria
E como se deixar escarpar do que havia sido seu lar por tanto tempo?
Lençóis brancos por toda parte
Nenhum lustre iluminará seus segredos
Não mais...
Um porta se fecha
Mais uma ponte...
Qual será a próxima?

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Esse dualismo estranho destrói tudo o que construíram em minha cabeça -e fora dela- 
Porque aqui nada existe e ainda assim tudo nos afeta...

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013