Não consigo escrever, mas não por falta de palavras e sim por falta de coragem. Por mais que deseje me expressar, não quero tornar público pensamentos tão íntimos. Nada que já não tenha feito aqui, mas desta vez é diferente, é muito mais real.
Esse sentimento de estar a beira do precipício e os olhos inundados não é novidade, mas a situação é totalmente outra, assim como a freqüência em que me encontro nesse estado. Não sei como poetizar esse sofrimento, justamente porque me recuso a reconhecê-lo desta maneira. "Nunca fui fraca, não vou começar agora", mas o que é a fraqueza? Se o sofrimento só aumenta enquanto negado, por que não libertá-lo de vez? Sei que todos devem ter uma resposta para essas questões, mas nenhuma delas me parece adequada.
Esses últimos tempos foram pra mim quase que uma tortura... Deixar a visão fantástica de lado para enxergar o mundo e as relações como elas são foi a coisa mais assustadora que já me atrevi a fazer. E talvez uma das mais necessárias.
Desculpe, não consigo ir muito além desses parágrafos.
Talvez algum dia consiga contar melhor sobre a viagem ao mundo real...
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