quarta-feira, 27 de novembro de 2013

"Menos futuro mais presente"

Quero mudar de emprego
de curso
e de livros

Quero mudar
de cidade
estado
de país não

Quero mudar 
de destino
e situação

Quero mudar 
o quarto
a casa
e o paradigma

Quero mudar
de roupa
cabelo
e sorriso

Quero mudar de tanta coisa
que uma hora dessas mudo de mim.


quinta-feira, 14 de novembro de 2013

"Coisas"

Não tenho palavras inspiradoras
e não sei o que vou fazer em alguns anos
Eu respiro e tento achar respostas
mas elas estão tão perto
e são tão terrificantes
que meus sentidos me impedem de alcançá-las
E quando por ventura insisto em espiá-las
tenho pesadelos por estar fazendo tudo ao contrário

Tenho que desapontar algumas pessoas
e isso me atormenta,
mas não fui eu que falei tanto de liberdade?

Por que é tão difícil desprender-se?

O ciclo vicioso dessa vida tão lotada de coisas
me dá tontura, vertigem 

E a ilusão de que um dia acaba...acabou.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

"Por mais que se fale"

-O que foi Black?
-Estava a pensar...
-Pensar em quê?
-Na ausência.
-Ora, lá vem você de novo, cheio dessas palavra difícil. Pensando na "ausência" de que homem?
-De tudo... Ora me falta corpo, ora a mente que se vai...
-Eu acho que te falta é juízo! Não tá na hora de ir trabalhar?

"Será que esse é todo o meu 'dom'?
Versos quebrados em telas em branco?"

terça-feira, 20 de agosto de 2013

É um saco a forma com que as coisas se repetem, dois anos depois e cá estou eu atras da tela digitando qualquer coisa
...
A cabeça que surpreendentemente ainda tenho lateja, talvez farta de toda a indefinição que cerca a cadeira onde estou
...

sexta-feira, 12 de julho de 2013


"Mergulho no Aquário"

Sr. Black foi enchendo pingo a pingo,
a conta gotas,
o bendito aquário.
Passou-se o tempo
e com tantos pingos
encheu-se o Black
que largou de tudo
e afundou 
quão fundo lhe foi permitido
O que não lhe foi dito
é que um dia 
o tempo lhe cobraria a conta d'água.

terça-feira, 9 de julho de 2013

"Latência"



Percebi que estava vivendo e obedecendo à ideias de uma cabeça que não é a minha
e com medo fui me enchendo de coisas
Atendendo a uma vontade forçada
nessa coisificação me tornei nulo
Esse tempo foi como um apocalipse zumbi
só que na minha cabeça
Devorando tudo o que era vivo
empoeirando tudo o que eu tinha de belo
Alguns chamam de maturidade
O que, por anos, eu chamei de idiotice.